Fechar um negócio é algo extremamente prazeroso. A felicidade por assinar um contrato de parceria é enorme. Quando esse é o desfecho de uma longa e exaustiva negociação, a exaltação é ainda maior. Não é apenas a sensação de ter concluído com êxito um desafio profissional. Esse é o resultado de você ter estabelecido uma relação de confiança com os tomadores de decisões.
Em vendas complexas, como é o caso de projetos consultivos, o trabalho de convencimento pode envolver dezenas de pessoas nos mais variados níveis organizacionais e perfis comportamentais. O fato é que a maioria colocou em você e na sua empresa o voto de confiança de que aquela é uma oportunidade ganha-ganha. Sem o relacionamento ter atingido essa maturidade, nenhum negócio seria selado.
Quando atingimos esse ponto, já atravessamos mais da metade da ponte que liga duas pessoas. Já somos colegas corporativos, mas raramente nos perguntamos o porquê não podemos ser amigos na vida pessoal. O que nos impede de estabelecer um relacionamento pessoal, independentemente daquele negócio ter dado certo? Seria o medo de que uma “pisada na bola” da empresa prejudique a amizade entre vocês?
Ou seria porque seu interesse naquela pessoa é puramente comercial e você não acha que teriam algo em comum fora da frieza de seus escritórios? Seria porque existe alguma restrição ou pré-conceito em relação ao outro? Como diz a música “Why Can’t We Be Friends”, hit na versão da banda americana Smash Mouth, a cor da sua pele não importa para mim, desde que possamos viver em harmonia.
Eu sou muito afortunado por contar com vários amigos que um dia foram meus clientes, parceiros ou fornecedores. Com alguns, eu jamais fechei um negócio sequer. Já tive até alguns casos de clientes insatisfeitos com meu empregador na época e que hoje nutrimos respeito e admiração mútua em nosso relacionamento pessoal. Afinal, nem tudo de mau que acontece em um projeto é de sua total responsabilidade.
Saber separar relações profissionais com pessoais é fundamental para a sobrevivência de qualquer amizade. Isso é representado muito bem naquele famoso ditado: “amigos, amigos… negócios a parte”! Como eu sempre falo, inclusive nesse artigo da Newsletter da YourNetWorks, suas relações pessoais podem te levar a lugares inimagináveis!
Não há momento ideal e nem razão clara para você promover seu colega corporativo a amigo! Como disse James Boswell, jurista escocês e um dos maiores biógrafos da língua inglesa no mundo, não podemos dizer o momento preciso em que a amizade se forma. É como encher um balde gota-a-gota. Uma hora, uma gota o faz transbordar! Portanto, para sua rede funcionar, continue enchendo sua relação de confiança. Quando menos esperar, terá uma amizade que transbordará para a vida toda!
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