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Você é uma mulherzinha?

Crianças podem ser cruéis em suas provocações. Apesar do bullying ser um termo relativamente recente, o comportamento juvenil de incitar atos não desejosos em outra criança sempre existiram nas rodas escolares e nas brincadeiras de rua. E na minha época, quando um menino era desafiado e acabava hesitando por medo, era logo chamado ofensivamente de “mulherzinha” ou “mariquinha”.

É óbvio que somos reflexo da educação e dos exemplos que recebemos das gerações anteriores! Quando eu era moleque nos anos 1970, o machismo imperava e as mulheres ainda eram ensinadas a serem submissas e a não se arriscarem, enquanto os homens eram encorajados a serem audaciosos e a enfrentarem seus medos. No entanto, foi justamente na década de setenta que eclodiram as maiores lutas das mulheres pela igualdade de gênero e pelo direito de viver sem medo.

Alguns dos principais movimentos feministas da época incluem o Movimento de Libertação das Mulheres, que surgiu nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo, lutando pelos direitos das mulheres, incluindo o direito ao aborto, igualdade salarial e o fim da discriminação sexual e os Movimentos Feministas pelo Direito ao Trabalho e Educação, que lutaram pelo direito das mulheres de trabalhar e ter acesso à educação em igualdade de condições com os homens.

Desde então, muitos avanços foram conquistas pelas mulheres no Brasil. A Constituição Brasileira de 1988, por exemplo, garantiu igualdade de direitos entre homens e mulheres. A Lei Maria da Penha de 2006 aumentou a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. A Lei do Feminicídio de 2015 tipificou o feminicídio como crime hediondo. Houve também o aumento da representatividade das mulheres na política e em cargos de liderança e do acesso das mulheres à educação e ao mercado de trabalho.

Mas, infelizmente, nesse meio século, elas ainda enfrentam preconceitos de toda ordem, estereotipagem, desigualdade de gênero, violência e sub-representação política. É por tudo isso (e mais um pouco) que mulheres em todo mundo não querem apenas serem homenageadas no Dia Internacional da Mulher. Elas precisam de apoio em suas batalhas, começando dentro de casa, com respeito e dedicação para que elas possam ter acesso aos mesmos direitos que os homens. É papel sobretudo dos pais educar a próxima geração sobre a importância e relevância do papel da mulher!

O que mais me orgulha nas mulheres, contudo, é que elas não precisam ser duras para serem brilhantes! Como disse a poetisa e filósofa italiana Christine de Pizan, uma das primeiras defensoras dos direitos femininos ainda no século XV – “Assim como os corpos das mulheres são mais suaves que os dos homens, a sua compreensão é mais aguçada!”. Portanto, para sua rede funcionar, demonstre seu respeito e admiração pelas mulheres não apenas por um dia, mas através de gerações!

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