Nós não nascemos vencedores e nem perdedores. Nascemos com a capacidade de escolher o que seremos nessa vida. Então, por que afinal nós escolhemos aquelas amizades que demonstram as qualidades vencedoras? Seríamos nós condicionados a rejeitar os perdedores?
O que nos atrai nas pessoas vencedoras são suas competências e suas conquistas. Nós as admiramos porque elas possuem algo que nós não temos e almejamos ter. Queremos estar próximos delas por serem símbolos de status e de prestígio. Buscamos ter essas amizades em nossa rede de relacionamento como se fossem um troféu a ser exposto aos que nos cercam.
Essas competências estão associadas ao real motivo por trás dessa escolha. Quem já assistiu as aulas da YourNetWorks no YouTube sabe que elas são um dos dois pilares da construção da confiança. As competências são a somatória das capacidades e dos resultados de uma pessoa. Por isso, é muito natural ter confiança em uma pessoa que demonstra grandes conquistas, habilidades especiais, experiências diferenciadas, entre outras qualidades.
Ou seja, todos nós somos fascinados pelo sucesso, por pessoas vencedoras, porque confiamos nelas mesmo antes de conhecê-las. Isso explica em parte a adoração por altos executivos de corporações poderosas, grandes líderes de organizações, gurus, mártires, salvadores da Pátria, até por influenciadores digitais, entre outros ícones em suas áreas de atuação.
O mesmo acontece com nossas amizades. Adoramos manter por perto aquelas pessoas que admiramos, aquelas que estão “bem nas fotos” do Instagram, esbanjando “felicidade” no Facebook, alardeando “conquistas” no LinkedIn. Entretanto, como disse o escritor hindu-britânico Joseph Rudyard Kipling: “O fracasso e o sucesso são impostores. Ninguém fracassa tanto como imagina. Ninguém tem tanto sucesso como imagina”.
Nós e nossos amigos perdemos muito mais que vencemos. O executivo japonês Soichiro Honda, fundador da Honda, dizia: “O sucesso representa 1% do seu trabalho que resulta de 99% de fracassos”. Portanto, não devemos atribuir confiança a quem demonstra sucesso. A competência pode sim nos aproximar. Mas é o caráter, o outro pilar da construção da confiança, que deve prevalecer.
Como muito bem falou Michelle Obama: “Sucesso não é sobre quanto dinheiro você faz, mas é sobre a diferença que você faz na vida das pessoas”. Em outras palavras, não se trata de suas competências e conquistas e sim sobre o bem que você faz ao próximo. Para sua rede funcionar, é importante se cercar não apenas de pessoas vencedoras por suas competências, mas principalmente por amigos que conquistam sua confiança pelo caráter.