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Por que evitar assuntos polarizantes?

Dois amigos discutem acaloradamente na mesa do bar – “O seu só trabalha para quem paga mais! Só que o seu está sendo investigado por sonegar impostos! E o seu que se envolveu em um escândalo sexual? Mas o seu só entrou na política para levar vantagem!” O garçom se aproxima e pergunta – “Estão falando sobre jogadores de futebol?” e os amigos respondem – “Não, sobre nossos líderes religiosos!”

Esse diálogo, bem imaginável nos dias de hoje, e que ilustra as palestras da YourNetworks, é um belo exemplo de uma discussão de assuntos polarizantes, ou seja, temas que tendem a gerar polarização, radicalização de opiniões, segregação de grupos. Os assuntos polarizantes mais comuns aqui no Brasil são política, religião, raça e etnia, orientação sexual, economia, e até assuntos que deveriam servir apenas para o entretenimento, como futebol e música.

Vivemos em um mundo onde é quase uma obrigação que todos tenham uma opinião formada sobre tudo. E esse mundo, onde cada pessoa com acesso à internet consegue expressar livremente suas opiniões, se torna o cenário perfeito para que aquela discussão do bar acima seja extrapolada para qualquer lugar do mundo, até mesmo onde não falam nossa língua. Experimente expressar em uma rede social sua opinião radical de um assunto polarizante em português. Você receberá comentários extremistas de apoio, mas principalmente de repúdio de todos os cantos da Terra.

Esses discursos de ódio são inflamados pela aparente proteção que o anonimato do mundo digital oferece. Mas o radicalismo sai se torna nocivo mesmo quando esses indivíduos mantêm esses discursos nas suas relações do mundo real, nos almoços de família, nas reuniões de trabalho, ou no grupo de mensagens instantâneas de amigos. Não existe problema em ter uma posição extrema. É saudável debater visões distintas de qualquer tema. Entretanto, é perigoso ser inflexível em assuntos polarizantes.

Não aceitar a opinião contrária, querer impor a sua para vencer uma discussão é prejudicial para os relacionamentos. Perder amizades por causa de extremismo é insanidade. Afinal, a verdade não há. Nenhuma certeza é absoluta! Você nunca terá a visão completa e fidedigna de nenhum tema. Por isso, é vital se despir de preconceitos para entender o outro. Como disse Martin Luther King Jr., um dos maiores ícones no combate ao discurso de ódio, depois de um tempo nós não nos lembraremos das palavras de nossos inimigos, mas sentiremos falta dos nossos amigos.

Portanto, para a sua rede funcionar, é preciso amar as pessoas como se não houvesse eleição, racismo, clubismo, e nenhum outro assunto polarizante que te afaste das amizades que são tão importantes para sua vida!

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