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A colaboração é uma ciência?

A ciência é a aplicação do conhecimento e compreensão do mundo natural e social, seguindo metodologias sistemáticas baseadas em evidências. Graças a ela já somos capazes de entender o motivo de nascermos com o cérebro sem estar completamente formado. Isso ocorre não apenas para evitar o sofrimento das parturientes. A ciência também explica por que, mesmo depois do cérebro estar plenamente desenvolvido, não temos a capacidade de aprender tudo sobre todas as coisas. Nós evoluímos como seres sociais justamente porque a colaboração é uma parte essencial da nossa sobrevivência.

Nossa propensão para cooperar tem antigas raízes evolutivas e já eram observadas nos nossos antepassados primatas. Como explicado neste artigo, nossa capacidade única de cooperação é o que nos permite viver em grandes grupos bem organizados e com uma moralidade complexa. E quando vivemos em grupos, podemos trabalhar juntos, dividindo as tarefas para que diferentes pessoas possam se tornar realmente eximias em temas diversos e realizar suas atividades melhor e mais rapidamente.

E se tem um mundo onde essa colaboração entre pequenos cérebros geniais é colocada em prática é no meio acadêmico, mais especificamente no restrito universo das pesquisas científicas. Em uma conversa com um querido amigo André Freitas, um resiliente pesquisador brasileiro, ele me comentou que há décadas não existem mais aquelas descobertas científicas memoráveis de um único pesquisador, como as que imortalizaram célebres cientistas como Einstein, Curie, Newton e Pasteur.

Atualmente, todas as pesquisas no mundo dependem massivamente da cooperação entre cientistas, inclusive da interação frenética entre os apaixonados pesquisadores do mundo acadêmico e os profissionais bem pagos das indústrias. Esses locais são celeiros de gênios em suas áreas de especialização. Mas toda essa genialidade só tem valor quando são combinadas entre si. Nossa rede de relacionamento opera exatamente da mesma forma, como expliquei nesse artigo da Newsletter da YourNetWorks!

Nessa mesma conversa, meu amigo cientista me explicou melhor como funciona essa interação nos estudos científicos. Pesquisadores como ele são estimulados não apenas a estudar a fundo os temas de sua tese, mas a abrir horizontes, participando de debates em outras cadeiras, muitas vezes completamente distintas. Um biólogo, por exemplo, interage com um sociólogo e com um astrofísico para entender suas linhas de estudos e, assim, poder encontrar linhas de raciocínio que ainda não foram discutidas em sua área de atuação. Essa colaboração não se limita ao campus. O mundo não tem mais fronteiras, nem mesmo de barreiras linguísticas ou culturais.

O renomado cientista britânico, Nobel de Medicina, Alexander Fleming, responsável pela descoberta da penicilina, era mestre também na arte da colaboração. É dele a reflexão: “É o trabalho solitário que faz o primeiro avanço em um assunto, mas os detalhes só podem ser elaborados por uma equipe”! Por isso, para sua rede funcionar, amplie seus horizontes! Promova a colaboração de seu exíguo cérebro com outros pequenos gênios para juntos transformarem o mundo através das ciências… sociais!

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