Alerta de spoiler! O título deste artigo é o mesmo que utilizei no final do capítulo “Construção de Confiança” do livro “Balanced skills – Competências essenciais para buscar o equilíbrio integral alinhado ao seu momento de vida”, que será lançado dia 26 de outubro agora. Aliás, tenho tantos casos interessantes de mundos improváveis que cheguei através das minhas conexões que eu até poderia escrever um livro só sobre isso (quem sabe um dia!).
Essa história que conto no livro Balanced Skills acabou integrando essa obra extraordinária porque fala sobre minha relação com um grande amigo que me levou a fazer parte desse projeto incrível. Mas o caso que vou ilustrar aqui neste artigo é distinto, pois não veio de um amigo de longa data. A propósito, esse é um dos motivos que me mantém apaixonado pelas teorias de redes ao longo de tantos anos.
Afinal, você conhece pessoas novas todos os dias, mas somente algumas dessas conexões continuarão se relacionando contigo, e apenas pouquíssimas farão diferença na sua vida. Entretanto, como já exemplifiquei diversas vezes nos artigos aqui da Newsletter da YourNetWorks, é você quem determina quantas amizades e quem realmente ocupará um lugar de destaque na sua rede de relacionamentos.
Neste intrigante caso, uma conexão que eu ainda não conheci pessoalmente, que vi apenas uma vez em uma reunião virtual, me levou a trabalhar para uma Instituição Acadêmica Britânica situada na Alemanha. Isso realmente é um estudo de caso. Como uma pessoa com relacionamento tão recente pode levar alguém tão longe? Um dos motivos está na teoria dos sete pilares da amizade do antropólogo e psicólogo evolucionista britânico Robin Dunbar.
De acordo com as pesquisas do Prof. Dr. Dunbar, nós escolhemos nossas amizades baseado na quantidade de pilares em comum. São eles: idioma, local de origem, trajetória educacional, hobbies e interesses, visão de mundo (religiosa, moral ou política), gostos musicais e senso de humor. Neste meu exemplo, meu amigo e eu compartilhamos vários pilares. Nós estudamos juntos, falamos a mesma língua, pois nascemos no mesmo País, além de termos alguns outros interesses em comum.
A quantidade de pilares em comum fez com que um breve contato ocasional evoluísse para uma amizade em pouco tempo como consequência do aumento do nível de confiança entre nós, mesmo sem uma proximidade física. Mas o fato mais curioso dessa conexão pessoal ter me levado a estabelecer uma relação profissional com uma universidade britânica é que, através dela, eu pude me conectar com o Dr. Dunbar, que é chefe do Departamento de Psicologia Experimental da prestigiada universidade britânica de Oxford!
Sou um grande fã de seu trabalho e já li diversas obras do Prof. Dr Robin Dunbar sobre evolução e relacionamentos. É dele uma famosa frase que é o meu mantra. “O que realmente sustenta as amizades e os relacionamentos em geral é a confiança!” Por isso, para sua rede funcionar, estabeleça relações de confiança, pois elas são pontes que te levarão a lugares inimagináveis!