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Como você lida com o fracasso?

Você foi demitido! Foi descartado, retirado à força e sem esperar daquela redoma que te cercava e te protegia contra o fantasma do desemprego. Você se sente nu e desabrigado! Afinal, foram anos se dedicando ao emprego e convivendo quase exclusivamente com seus colegas de trabalho. Eles eram sua família fora de casa, aqueles com quem você compartilhava seus medos e angústias! Agora é hora de contar com eles… SQN!

Se você já passou por essa triste realidade, como eu e milhões de pessoas, sabe que uma das maiores dores não é perder o emprego e nem a renda, mas sim perder de uma hora para outra a amizade e atenção daqueles colegas de quem você esperava mais apoio, empatia e colaboração. Nas inúmeras palestras que eu ministrei em empresas de recolocação de executivos, essa frustração era bastante comum em todos os níveis organizacionais, nos mais diversos segmentos de mercado e independente do tempo de relação trabalhista.

É um sentimento que derruba nossa autoestima no momento em que mais precisamos dela para nos reerguer. É por isso que, quando fico sabendo que amigos estão passando por essa situação angustiante, além de oferecer ajuda, tento tranquilizar que essa sensação de abandono não acontece só com eles. Não é nada pessoal! Esse comportamento coletivo e instantâneo de rejeição não é consequência do seu fracasso!

Infelizmente, muitas vezes é uma forma de romper qualquer vínculo com quem foi recebeu o diagnóstico de incompetência e teve seu laudo publicamente exposto no mural da empresa. Ninguém quer ser visto em público, nem mesmo flagrado trocando mensagens, com quem contraiu essa doença. Afinal, ela pode ser contagiosa e aquele colega pode ser demitido também por manter relações contigo. Eventualmente, alguns colegas se afastam porque se sentem culpados por te colocar nessa situação complicada.

Cabe a você encarar essa realidade, levantar a cabeça e seguir em frente sem contar com essa parte relevante da sua rede. Você precisa entender que o fracasso não é o oposto do sucesso. É parte importante dos aprendizados para não errar novamente. Você vai se reerguer, mais cedo ou mais tarde, e essas pessoas voltarão ao seu convívio, seja por interesse ou por você ter conseguido enfim se curar “sozinho” daquela doença.

O importante, para sua rede funcionar, é nunca se esquecer desses três tipos de pessoas nesse momento particular da sua vida – quem te ajudou em tempos difíceis; quem te deixou em tempos difíceis; e quem te colocou em momentos difíceis.

Artigo originalmente publicado no LinkedIn.

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