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Suas amizades têm limites de idade?

Nos tornamos mais desconfiados, preocupados, magoados, duros e, principalmente, mais seletivos em nossas amizades. Grande parte das pessoas que eu conheço coloca, mesmo inconscientemente, limites de idade das amizades da sua rede. Elas quase não se relacionam com pessoas muito mais novas porque acham que não podem agregar muito em suas vidas.

Pior ainda. Elas evitam as pessoas mais velhas, ainda mais as que já estão fora do mercado de trabalho, seja por desemprego ou aposentadoria. Elas as tratam como elefantes doentes que se arrastam lentamente ao cemitério e que pouco podem ajudar quem está no auge do seu vigor. Prova disso é ver a enorme quantidade de profissionais com mais de 50 anos que sofrem para retornar ao mercado porque não conseguem ajuda de quem está na ativa.

Quem coloca limites de idade em suas redes de relacionamento está perdendo muito (mas muito mesmo) com os ensinamentos que ambos podem agregar em suas vidas. Os jovens nos ensinam novas formas de pensar e de enxergar o mundo. Os mais maduros nos ensinam os caminhos certos. Essas pessoas são muito mais interessantes do que aquelas interesseiras que você se relaciona diariamente, como já escrevi no artigo anterior nessa Newsletter.

Se você olhar para dentro da sua rede, vai descobrir inúmeras pessoas com esses perfis e que você ignorou por tanto tempo. Se você quiser se aproximar desses grupos para enriquecer seus relacionamentos, sugiro que você participe de ações voluntárias ou projetos sociais, onde todos estão com o mesmo propósito de colaborar, independente da idade. Eu, por exemplo, tenho conhecido jovens brilhantes no programa de mentoria do Instituto Semear e pessoas sênior interessantíssimas no Ecossistema Brasil 6.0.

 

Como disse a atriz e filantropa britânica Audrey Hepburn, à medida que envelhecemos, aprendemos que nós temos duas mãos: uma para nos ajudar e outra para ajudar os outros. Portanto, para sua rede funcionar, você precisa estar aberto a ajudar e a aprender com todas as gerações. Você tem muito (mas muito mesmo) a ganhar!

Artigo original publicado no LinkedIn.

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