Quem não conhece a famosa ficção de horror ‘O Médico e o Monstro’, que explora o embate entre o bem e o mal enraizado em todo ser humano? Nesta novela gótica do autor escocês Robert Louis Stevenson, o médico Dr. Henry Jekyll oculta os resultados das experiências realizadas secretamente em seu laboratório. Uma substância misteriosa o transforma no horrendo e assustador Edward Hyde. A moral desta obra ressalta que nossa personalidade maligna pode se libertar quando perdemos o controle sobre nossas ações.
O monstro criado pelo Dr. Jekyll, que revelava seu lado mais sombrio e obscuro, era solto para saciar seus desejos mais profundos. No início, ele se deleitava com sua liberdade moral, mas, à medida que a poção acabava, Hyde foi assumindo o controle sobre as transformações. Desesperado, Dr. Jekyll decide pôr fim nas suas múltiplas personalidades. Infelizmente, nem seu amigo, o advogado Gabriel Utterson, nem seu mordomo conseguiram ajudar o médico a deter seu monstro interior a tempo.
Eu me lembrei deste clássico da literatura mundial, publicado originalmente no ano de 1886, por causa de um grande amigo que conheci, coincidentemente, um século depois. Eu junho de 1986, dois jovens caratecas se encontraram por acaso em uma academia de Santos/SP e nunca mais se separaram. Mesmo seguindo caminhos distintos e aumentando a distância nas últimas décadas, sempre prestigiei as iniciativas desse irmão quase de sangue.
Mas, do nada, há cerca de dois anos, ele simplesmente desapareceu! Desde então, vinha tentando entrar em contato de diversas formas para entender o que tinha ocorrido. Eu havia acompanhado seus problemas de saúde anteriores e, por isso, me preocupava que algo mais sério estivesse acontecendo. Somente nesta semana, felizmente, conseguido enfim retomar o contato. De fato, ele havia passado por maus bocados. Problemas graves de saúde física e mental o tiraram de combate.
Mas o motivo que o fez desaparecer de propósito por tanto tempo foi o medo do seu monstro interior, descontrolado pelos remédios e desequilíbrios hormonais, atacasse as pessoas especiais do seu relacionamento. Apesar de me sentir profundamente grato pela preocupação legítima, me senti impotente de não conseguir ajudá-lo a deter essa besta que o consumia há anos. Agora que, felizmente, a jaula está trancada, é o momento de contar com os amigos para elevar o nível de segurança desta detenção.
Já estamos trabalhando em um projeto incrível para formatar sua metodologia exclusiva de artes marciais para ensinar autodefesa para pessoas expostas ao risco de agressão física. Se depender da promoção desse nobre propósito através da minha rede colaborativa, nós conseguiremos juntos não só proteger esses vulneráveis contra os monstros que os ameaçam, mas também nos defender dos nossos monstros interiores.
Como disse o mestre japonês Sensei Gichin Funakoshi, fundador do estilo de Karatê Shotokan, o segredo das artes marciais não é derrotar o inimigo, mas tentar evitar o combate antes que ele ocorra. Tornar-se alvo de um ataque é um indício de que houve uma abertura na guarda, e o importante é estar sempre alerta. Para sua rede funcionar, conte com seus amigos para manter sua guarda alta e sempre alerta contra os ataques de qualquer criatura maléfica!
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