Eu tenho uma ligação muito forte com ilhas! Sou nascido e criado na área insular de Santos. Toda vez que vou para minha terra, eu me sinto energizado. O mesmo acontece quando visito meus pais em Florianópolis, que é conhecida como a Ilha da Magia. Você pode nunca ter reparado, mas sua energia também é renovada quando você visita uma ilha!
E você nunca deve ter reparado que você também fica com uma energia incrível sempre que entra em contato com uma pessoa especial da sua rede de relacionamento. É como esses amigos fossem ilhas que contagiam seus visitantes, deixando lembranças marcantes de cada encontro. Como disse o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor da obra “O Pequeno Príncipe”, que também teve uma passagem positiva pela Ilha da Magia, aquelas pessoas que passam por nós, nunca vão sós. Elas deixam um pouco de si e levam um pouco de nós!
De fato, cada um de nós somos uma ilha. Pessoas mais fechadas, ranzinzas e desinteressantes são ilhas rochosas cercadas de mar revolto. Não existe nenhum interesse em serem visitadas e até mantém os desavisados bem afastados. Por outro lado, aquelas pessoas interessantes são ilhas com praias deslumbrantes, árvores frondosas e mar calmo, permitindo aos visitantes que conheçam melhor seus encantos.
Mas a comparação que eu mais gosto de fazer é de uma pessoa com a Ilha de São Vicente, minha terra natal, onde estão localizadas as áreas insulares dos municípios de Santos e São Vicente. De um lado ela é banhada pelo majestoso Oceano Atlântico e, do outro lado, ela abriga o maior porto da América Latina. Mas ainda tem um lado pouco conhecido, apesar de ser um dos mais movimentados. A entrada da cidade passa por cima do Rio Casqueiro, que se liga ao Mar Pequeno, que desemboca no mar onde está localizada a secular Ponte Pênsil.
Essa geografia é muito parecida com muita gente. De um lado temos uma face agradável, divertida e convidativa, que agrada os turistas e serve os moradores. De outro temos a face profissional, mais fechada, burocrática e pouco atraente, mas fundamental para sua sobrevivência. E não podemos esquecer daquela face oculta, obscura, e desconhecida, que é vista por muita gente, mas poucas sabem seu verdadeiro valor.
Ou seja, dependendo do lado da ilha que você acessa, pode ter uma visão completamente distinta. Para sua rede funcionar, tenha em mente que todo mundo é uma ilha e que é preciso criar pontes sólidas de todos os lados, independente da vista!