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Eu te adoro, mas e você?

Uma das situações mais constrangedoras em uma relação amorosa é quando uma pessoa apaixonada declara – “Eu te amo!” – e não recebe uma resposta igualmente apaixonada. Em frações de segundos, centenas de dúvidas e incertezas passam pela cabeça dos dois, inclusive o prenúncio do fim daquele relacionamento. Afinal, se existe uma assimetria nesse romance, por que continuar juntos?

Como falei no artigo passado, diversos problemas podem acontecer com a falta de simetria em um relacionamento, seja ele pessoal ou profissional. Quando você confia em alguém muito mais do que ela confia em você, ou vice-versa, ambos tendem a duvidar de que essa relação tenha futuro. Isso acontece porque você acredita tem dado o seu melhor para aquela pessoa e, consequentemente, tem a expectativa de que ela retribua na mesma proporção.

Mas, infelizmente, é impossível ter essas expectativas plenamente atingidas. Basta pensar que você tem relacionamentos próximos e frequentes com centenas de pessoas em um determinado intervalo de tempo. Para cada uma delas, você tem uma percepção de caráter e competência para definir, de forma empírica, seu nível de confiança nela. Contudo, você não tem certeza nenhuma do quanto ela te acha admirável e competente e, como resultado, qual é o nível de confiança dela em você.

Mesmo sabendo que quase sempre existem relacionamentos assimétricos, nós continuamos esperando um padrão de comportamento. E quando ele não acontece, nossas expectativas são frustradas. O que é mais intrigante é que, mesmo isso acontecendo com muita frequência, ainda assim não aprendemos a lição. Continuamos matando nossas relações por frustrações de expectativas.

Por outro lado, o que mantém os relacionamentos é a esperança. Esperança de que ele mude, esperança que ela entenda, esperança de que algo novo transforme nossa relação. Como dito pela autora norte-americana Joyce Meyer, a esperança é expectativa favorável e confiante de que algo bom vai acontecer e as coisas vão dar certo, não importa a situação que estamos enfrentando.

Então, para a sua rede funcionar, tenha muito mais esperança do que expectativa nos seus relacionamentos. Esperança de que coisas boas virão dessas pessoas ao invés de expectativas criadas no que elas poderão oferecer. Se é para criar algo, crie porcos e galinhas. No pior dos casos, você terá ovos e bacon no café-da-manhã quando suas expectativas forem frustradas.

 

Artigo originalmente publicado no LinkedIn

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