A noção de custo é muito simples de compreender quando aplicada ao conceito de hora-homem. Graças as capacidades e habilidades únicas, cada indivíduo possui um custo, o valor pelo qual é pago para executar uma tarefa em um determinado período. Se todos nós temos o mesmo tempo disponível, fica fácil comparar quanto custa a hora de cada trabalhador.
O tempo que você gasta exercendo as atividades que exigem suas competências diferenciadas são consideradas horas produtivas. Os períodos de ócio ou que são dispendidos com atividades gerais são improdutivas. Por exemplo: um contador que recebe R$ 8 mil de salário para trabalhar 160 horas por mês tem um custo de R$ 50 hora/homem. Durante os horários não produtivos, vamos imaginar que sua hora custe a metade.
Então, se esse contador dedica 10 horas do mês para doar seus conhecimentos técnicos para fazer a contabilidade de uma ONG, ele terá doado R$ 500! Mas além disso, todo mês ele dispõe voluntariamente de 20 de suas horas vagas para preparar sanduíches para pessoas carentes e também faz leitura para idosos. Contabilmente, essa alma caridosa teve um custo de R$ 1.000 por mês.
Existem inúmeras outras formas de você doar suas horas. Você pode, por exemplo, participar de programas de mentoria, onde você compartilha sua experiência de vida (horas produtivas) com jovens. Pode doar sangue, que não custa mais do que o tempo de deslocamento (horas improdutivas). Pode ajudar um familiar com seus conhecimentos administrativos (horas produtivas) a prosperar seus negócios. Pode cuidar de uma horta comunitária quando terminar seu expediente (horas improdutivas).
Claro que o custo mais fácil de mensurar é da doação em dinheiro. Um mega investidor, que ganha R$ 1.000 por segundo, pode doar esse valor rapidamente na praticidade de um PIX. A filantropia é uma forma tão louvável quanto a de quem dedica seu tempo em causas sociais. Porém, o que explica tanta gente a não fazer absolutamente nada em prol do próximo?
Alegar falta de tempo é inconcebível! Mesmo improdutivas, as horas desperdiçadas em redes sociais e maratonando séries poderiam ser melhor empregadas. Por mais insignificante que seja a ação, como disse o pacifista Mahatma Gandhi, ainda assim é muito importante que você faça! Dizer que é falta vocação? Improvável! Na primeira oportunidade que você se doar, perceberá que fazer o bem não exige qualificação.
Quando você desenvolve algum trabalho voluntário, como mencionei nesse artigo da Newsletter da YourNetWorks, percebe que isso não tem preço, mas sim muito valor! Esse valor é o que recompensa todo seu esforço. O maior valor é no impacto positivo em seu caráter, que um imã para atrair mais pessoas de bem para sua rede de relacionamento! Por isso, não perca tempo, produtivo e improdutivo, procurando desculpas.
Por menor que seja seu esforço, jamais será desperdiçado. Comece com algo pequeno, uma pequena gota no oceano. Como disse a caridosa Santa Teresa de Calcutá, se essa gota não estivesse lá, faria falta ao oceano! Isso fará sua rede funcionar! Minha sugestão para começar: defina uma meta de custo mensal de doação. Se ao final do mês você não contabilizar o total de horas equivalentes, poderá doar o custo não empregado em dinheiro para a ONG de sua preferência!