fbpx

A intolerância é irmã da indiferença?

Era uma vez um casal que criou uma grande família em uma pequena vila, onde mais de uma dúzia de filhos viveram plena e livremente suas infâncias. Quando formaram suas famílias, irmãos e irmãs ampliaram seus horizontes e seguiram por caminhos distintos, mesmo ainda vivendo próximos. Vieram os filhos e netos, e com o aumento exponencial da nova geração, começaram as divergências de visões e opiniões e, por consequência, as desavenças entre a outrora unida parentela!

Essa história deve soar muito familiar para você. Não por parecer o roteiro de um livro ou de uma novela, mas, provavelmente porque algo similar já aconteceu na sua família ou de alguém bem próximo. Cismas dentro de núcleos familiares podem acontecer por diversos motivos, desde pequenos desentendimentos até disputas por dinheiro e poder. Essas discórdias, independentemente do tamanho, podem resultar em poucos dias de rusgas ou até chegar à ruptura total das relações por toda vida! A causa-efeito mais lastimável, na minha opinião, é a intolerância que gera a indiferença!

A falta de compreensão de opiniões distintas da sua ou de decisões que divergem do que você considera aceitável podem causar abalos e cisões de várias magnitudes. Eu já fui diretamente impactado por intolerância social, política, religiosa, esportiva e, por incrível que pareça, até por não aceitação de um relacionamento amoroso. As divergências de posições, infelizmente, não fragmentam apenas as relações entre os indivíduos afetados. Elas dividem toda família e, à medida que o clima esquenta, geram desagregação inclusive de quem tomou partido por um ou outro lado.

Há alguns dias testemunhei o triste ato final de um caso de intolerância que resultou em indiferença por toda vida. A partida sofrida de uma dileta tia me fez refletir sobre os ótimos momentos de celebração com parentes queridos que deixaram de acontecer porque as partes envolvidas preferiram o distanciamento ao perdão! O sincero pedido de perdão na hora da despedida, ao lado do caixão, pode ser tardio para quem se foi, mas nunca é tarde demais para reatar os laços com quem ficou.

Os breves momentos de luto na companhia dos primos e tios no velório mostraram o quanto é importante a interação com os frutos e flores que embelezam nossa árvore genealógica. Um bate-papo, um conselho, uma palavra de carinho, um reconhecimento, uma memória foram capazes de colocar um sorriso em um rosto choroso, mas também poderiam ter o poder de transformar o dia ou até de impactar positivamente no sucesso dos nossos irmãos de alma.

Por isso que eu acredito tanto no poder do perdão. Como ilustrei nesse artigo da Newsletter da YourNetWorks, você deve perdoar o que não consegue esquecer ou esquecer o que não consegue perdoar. Loren Cunningham, cofundador de “Jovens Com Uma Missão” (JOCUM), uma família global com missões em todo mundo, disse: “Desentendimentos não causam desunião, a falta de perdão sim”!

Para sua rede funcionar, não permita que a intolerância, desavenças e desentendimentos causem indiferença, afastamento ou desunião com quem carrega com orgulho seu sangue!

Curtiu? Então, se inscreva na Newsletter no LinkedIn e compartilhe esse artigo com seus irmãos e irmãs de sangue ou de alma!

Comentários