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Ser Pai é divino?

“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Vosso nome!”, diz o versículo Mateus 6:9 da Bíblia Sagrada! Assim Jesus ensinou seus seguidores a orar e louvar seu Pai, Criador do Céu e da Terra! Pelo menos para os Cristãos, Deus é o Pai de todas as coisas, que nos fez à sua imagem e semelhança. Entretanto, a divindade dos pais para por aí! O protagonismo na criação dos filhos é majoritariamente das mães.

Como pai orgulhoso de dois meninos maravilhosos e de uma linda menina de quatro patas, eu posso afirmar que meu papel nessa relação é coadjuvante. Como comentei nesse artigo da Newsletter da YourNetWorks, a importância das mães na geração da vida e na criação de qualquer ser vivo é indiscutível. Grande parte da evolução humana se deve a relevância das genitoras! O papel dos pais, entretanto, também evoluiu. Há tempos que eles deixaram de ser os principais responsáveis por prover as necessidades básicas de sua família.

Aquele que não divide a responsabilidade por cuidar e educar seus filhos perde a relevância e o respeito não apenas dos seus, como da sociedade. Nesse sentido, sinto que tenho cumprido muito bem meu papel. Durante a infância, as crianças idolatram as competências e habilidades dos seus genitores. Eu digo que adoraria ser tão forte, inteligente e famoso como meu filho acha que eu sou. Essa admiração vai desaparecendo com o tempo, mas, felizmente, volta com força quando nós viramos os pais dos nossos pais.

O que é divino em ser pai, na realidade, é acompanhar de perto a evolução de nossos rebentos. Quem coloca seus filhos como prioridade, encaixando os compromissos com eles em uma agenda apertada, só tem a ganhar. Nem que sejam poucos minutos no trajeto entre casa e escola, são momentos prazerosos de aprendizado mútuo. Se você dedicar parte do seu tempo para participar dos compromissos sociais deles então, vai perceber que nossa prole abre inúmeras portas para mundos muitas vezes desconhecidos.

Quantas pessoas incríveis você já conheceu nos eventos escolares, esportivos ou festas de amigos deles? Além dos pais, vizinhos e educadores também podem ser pontes que nos conectam com ilhas paradisíacas. Mas, erroneamente, não contamos com essas pessoas na nossa rede de relacionamento. Com isso, perdemos diversas oportunidades de explorar (micro)universos nunca antes visitados. Tenho vários exemplos, não apenas próprios, mas inúmeros relatos que escutei nas palestras das YourNetWorks.

Vivemos em uma sociedade colaborativa, onde toda conexão importa! Por isso, não podemos desperdiçar as raras chances de nos aproximar de indivíduos únicos. Como disse o filósofo francês Auguste Comte, o “Pai” da Sociologia e o fundador da teoria positivista, a única vida real é a vida coletiva da nossa espécie! A vida individual não existe senão como uma abstração!

Por isso, para sua rede funcionar, aproveite as ocasiões excepcionais que seus filhos te proporcionam, não apenas na relação paterna afetuosa, como também nos deleitantes encontros nesse círculo. Quem perde essas oportunidades ímpares não desperdiça apenas momentos abençoados na relação com seus filhos, mas de estar em companhia de pessoas divinas!

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